Artigo
Novas formas de pensar, de agir e de comunicar-se, são introduzidas como hábitos em nossas vidas. Nunca tivemos tantas alterações no cotidiano, mediadas por múltiplas e sofisticadas tecnologias. As tecnologias invadem os espaços de relações, presente nos meios tecnológicos e de comunicação na melhor educação. A oferta educativa, se modernizar com a introdução das novas tecnologias, se alarga e até melhora, a aprendizagem, no entanto, meio de cada tecnologia exercem uma mediação particular nas pessoas e contextos com os quais interagem, pressupondo transformações na organização do trabalho, nos seus componentes e, conseqüentemente,na instituição educativa que realiza o trabalho. Além disso, os contextos (sociais, culturais e financeiros), também têm um papel definidor entre o sujeito e a tecnologia, ampliando e/ou limitando as relações e situações que daí se originam. Por exemplo, para fazermos alguns trabalhos para atuar na escola com a tecnologia do game, ela poderia encontrar obstáculos com a direção, coordenação, ou mesmo com os pais da instituição onde atua, por não estarem preparados para aceitar a inclusão de um jogo ou brinquedo, em situação pedagógica. Apesar de nos depararmos com informações/imagens que chegam sob diferentes apelos sensoriais – visuais, auditivos e emocionais –, incorrendo em diferentes formas de aprendizagem além da razão (intuição, emotividade, criatividade e relacionamentos), ainda muitas escolas não estão abertas para a incorporação, ou, quem sabe, para o desafio de um trabalho com essas linguagens em seus cotidianos. Diante dessas linguagens, a grande maioria dos docentes (ou mesmo pais) tem necessidade de conhecê-las e de fazer parte dessas transformações.
A tecnologia não é boa nem má, dependendo das situações, usos e pontos de vista, e “tampouco neutra, já que é condicionante ou restritiva, já que de um lado abre e de outro fecha o espectro de possibilidades”. Não se trata de avaliar seus impactos, mas de situar possibilidades de uso, embora, “enquanto discutimos possíveis usos de uma dada tecnologia, algumas formas de usar já se impuseram”, tal a velocidade e renovação com que se apresentam.
As novas (e velhas) tecnologias podem servir tanto para inovar como para reforçar comportamentos e modelos comunicativos de ensino. A simples utilização de um ou outro equipamento não pressupõe um trabalho educativo ou pedagógico “o tecnicismo por si só não garante melhor educação, mais a oferta educativa, ao se modernizar com a introdução duas novas tecnologias, se alarga e até melhora, a aprendizagem, no entanto, continua uma dúvida” cada meio e cada tecnologia exercem uma mediação particular nas pessoas e contextos com os quais interagem, pressupondo transformações na organização do trabalho, os seus componentes e, conseqüentemente, na instituição educativa que realiza o trabalho. Além disso, os contextos (sociais, culturais e financeiros) também têm um papel definidor. Assim, a escola defronta-se com o desafio de trazer para seu contexto as informações presentes nas aproximações culturais, apesar das diferenças econômicas e dos obstáculos socioculturais que se interpõem para a produção dos desejos nos cidadãos. As distâncias e os espaços que os meios tendem a aproximar e a globalizar concorrem para que as necessidades se assemelhem, mesmo que, para muitos, a satisfação elas não se concretize.
São outras maneiras de compreender, de perceber, de sentir e de aprender, em que a afetividade, as relações, a imaginação e os valores não podem deixar de ser considerados. São alternativas de aprendizagem que os auxiliam a interagir, a escolher e a participar nas estruturas sociais e educativas. Assim, com este texto, pretendo, refletir sobre as relações entre as tecnologias e a ação educativa escolar para, num segundo momento, chegar a um processo de formação docente na escola com o uso de tecnologias, mais especificamente, da comunicação. Refiro-me a estas não apenas como equipamentos e/ou ferramentas, mas como um conjunto de processos usados em interação entre pessoas, que põem em discussão questões individuais, referentes aos interesses e subjetividades dos sujeitos, e questões coletivas, referentes aos contextos socioculturais dos indivíduos. Assim, as tecnologias de informação e/ou comunicação possibilitam ao indivíduo ter acesso a uma ampla gama de informações e complexidades de um contexto (próximo ou distante) que, num processo educativo, pode servir como elemento de aprendizagem, como espaço de socialização, gerando saberes e conhecimentos científicos.
Neste artigo, pretendo, inicialmente, refletir sobre as relações entre a ação educativa escolar e as tecnologias, para, num segundo momento, mostrar como chegar a um processo de formação docente na escola, com o uso dos meios de comunicação. Refletimos a um conjunto de procedimentos e meios tecnológicos que põem em discussão questões individuais, referentes aos interesses e subjetividades dos sujeitos, e questões sociais, referentes aos ambientes socioculturais dos quais os indivíduos participam. A escola e os meios tecnológicos de comunicação assemelham-se porque tratam da realidade e ambos são locais de aquisição de saberes; assim, educar com os meios e educar para os meios é imprescindível à educação escolar por possibilitar um ambiente favorável à cotidianidade.
Palavras-chave: tecnologias; meios de comunicação na escola.
Referências Bibliográficas
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